Você não sabe o que significa storytelling, mas certamente já ouviu esse termo tão falado na Internet, que nada mais é do que uma releitura das consagradas técnicas narrativas.
Storytelling é a habilidade de criar, contar e adaptar histórias, por meio de recursos interativos, visuais ou somente com palavras, de forma a priorizar o enredo, os personagens e a mensagem, seja criando um conflito, seja reproduzindo outras técnicas e boas práticas, mas sempre com o intuito de cativar, encantar e engajar a audiência.
Sendo assim, saber o que significa storytelling é imprescindível para comunicar uma mensagem capaz de despertar a identificação do público, facilitar a compreensão das informações e conectar a audiência em um nível mais emocional.
Neste artigo, apresentamos algumas dicas de como utilizar o storytelling para que você possa aplicá-lo em suas obras, conteúdos, narrativas e discursos. Vamos lá?
Os princípios do storytelling
O storytelling adiciona elementos únicos à história contada: a percepção pessoal do autor. Histórias bem contadas despertam memórias e sentimentos humanos que evidenciam a empatia — nossa capacidade de se colocar no lugar do outro, nesse caso, no lugar dos personagens, no momento e no contexto descrito.
Desde sempre nos comunicamos por meio de histórias e, embora não haja uma receita para criar boas narrativas, alguns elementos são comuns quando o assunto é storytelling:
Mensagem: essa é a peça-chave de um bom conteúdo. Sem uma mensagem forte e consistente — capaz de ensinar ou transformar a vida das pessoas —, dificilmente a história será cativante;
Ambiente: os eventos são contextualizados em um local envolvente que, de certa forma, desperta a familiaridade do ouvinte e o faz embarcar na jornada;
Personagem: alguém que percorre a trajetória;
Transformação: processo pelo qual o autor comunica a mensagem;
Conflito: desafio que motiva o personagem e desperta o interesse do público pela história. Lembre-se que conquistas fáceis não geram a mesma percepção de valor pela recompensa, além disso, dificilmente geram identificação;
Recompensa: o prêmio da história. Algo pelo qual todos esperam muito, seja o personagem, seja o público.
A Jornada do Herói e o modelo de Joseph Campbell
Segundo Joseph Campbell em seu livro “O Herói de Mil Faces”, o herói de uma narrativa completa deve percorrer alguns estágios. O padrão narrativo do Monomito, assim como a Jornada do Herói também é conhecida, é formado por:
um ambiente comum onde o protagonista é apresentado;
o chamado: momento em que o herói, muitas vezes involuntariamente, entra em uma aventura;
recusa ao chamado: apresentação do conflito, etapa em que o protagonista se vê entre o desejo e a necessidade de participar da ação;
encontro com o mentor, evento ou objeto que tira o herói do conflito e o faz agir;
travessia para o novo mundo: momento em que o protagonista embarca na jornada;
testes, aliados e inimigos: elementos que ajudam a deixar a narrativa mais atraente e faz com que o herói passe por novas provações e aprendizados;
aproximação: superação do primeiro desafio;
provação traumática: conflito mais impactante da história, que transporta o herói para uma luta interna mais forte;
recompensa: depois de passar por momentos difíceis, o herói recebe um prêmio, muitas vezes a própria mensagem ou algo pelo qual ele sempre lutou e buscou;
caminho de volta: retorno do herói para o seu mundo.
ressurreição do herói: um último teste do protagonista, algo que o faz repensar sobre o conteúdo da mensagem;
retorno com o elixir: a transformação e a superação dos desafios fazem com que o herói retorne ao seu mundo com algo novo: o elixir que também pode mudar a vida de todos.